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domingo, 10 de novembro de 2019

Olá  Amigos

Hoje vou escrever um pouco sobre um dos lugares mais bonitos do Brasil, quiçá do mundo:
o Vale do Pati, na Chapada Diamantina da Bahia.

O Vale do Pati conheceu seus primeiros moradores no começo do século XX, e uma seca muito forte na região foi o motivo que levou os nativos dos arredores a buscarem no vale fértil e úmido a sobrevivência.

Com o fortalecimento da cultura do café, o Vale do Pati junto com o Vale do Capão tornaram-se os maiores produtores de café da região.  Contava com mais de mil moradores, um centro comunitário, comércio e igreja. O café também foi o motivo de sua decadência, quando a política republicana da época, resolve estatizar e erradicar a cultura cafeeira para majorar os preços no mercado mundial.

Sem a produção do café que alimentava a economia local, os moradores foram embora e a própria natureza se encarregou de recuperar os ecossistemas degradados pelo plantio de café e criação de gado. Em 16 de setembro de 1985, foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina, uma Unidade de Conservação, através de um decreto federal, com uma área de 152 mil hectares.

Hoje moram no Vale menos de 100 moradores, os nativos que já viviam na região por gerações e gerações.  A trilha do Pati foi  eleita a mais bonita do Brasil e  terceira mais bonita do mundo. Em 2010 o Vale do Pati ganhou o prêmio de melhor roteiro do país, concedido pelo Ministério do Turismo.
Passar uns dias neste paraíso é uma experiência das mais enriquecedoras e inesquecíveis. Lá não existe sinal de telefonia móvel, nem energia elétrica convencional e não fazem falta. A energia para iluminação e carregamento de alguns aparelhos eletro eletrônico vem de placas solares individuais, instaladas pela COELBA durante o governo petista, através do Programa Luz para Todos.  Não há chuveiros elétricos, as geladeiras são a gás, nem máquinas de lavar roupa. Mas ninguém se queixa. As roupas são lavadas a mão e são postas para secar em enormes cordas. Ficam limpíssimas e cheirosas.
A comida é feita tanto em fogões a lenha tradicionais quanto em fogões a gás. Comer um bolo assado num fogão a lenha é um prazer para poucos. Um cuscuz de milho não transgênico, uma lasanha de berigela preparada pelo melhor guia da região, o Ítalo, é fantástico.

Caminhar pelas difíceis trilhas do Pati é sentir o quão pequeninos somos nós.  A dificuldade é esquecida quando vemos tantas obras maravilhosas esculpidas por milhões de anos pela natureza universal.  A dor nos pés desaparece, o cansaço some, a energia que emana das montanhas, rios e cachoeiras camufla qualquer incômodo que se possa sentir após caminhar 8, 10h por dia. 

Mas, se você tem vontade de fazer a Trilha do Pati, prepare-se antes. Faça atividades físicas, especialmente musculação, alongamentos e caminhadas.  Treine antes fazendo caminhadas pequenas.
Tenho certeza de que vai ser uma das experiências mais sensacionais da sua vida.

OM  SHANTI!!!






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